2009-01-22

Coxas

A ideia de que a beleza humana passa pela simetria já pouco me importa. É-o. Pronto. Não trás novidade a ninguém. Ainda assim, gostava de amar uma mulher coxa. Simétrica de rosto… nívea de pele… e com uma perna de banda. Cada um sabe de si e eu quero uma coxa. Cabelo elegante, sorriso gentio, pescoço marmóreo… e uma perna de banda.
Não desfazendo das bel‘andantes, prezo a cambaleante elegância de quem sabe que o futuro não está apenas a um passo. O meio passo extra faz toda a diferença e dá azo a espíritos mais decididos.
São mais decididas as coxas.
Mais sérias.
Porque a dignidade é mais facilmente inferida de um andar firme.

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