2009-03-04

Vida de reis na Polónia

Com a cotação em que se encontra o zlot, o mais que um gajo pode fazer são umas economias e uma boa semana de férias!
Mas depois um gajo pensa: O que será a "vida de rei na Polónia"?
Turismo sexual? Nepiás, nunca fui às putas e apenas o farei quando me decidir concominantemente a experimentar cavalo, o que me parece aliás que jamais acontecerá...
Comer em restaurantes caros e ir à ópera? Népias, lá também já não se deve poder fumar em espaços fechados e a ideia de passar duas horas num restaurante à espera que me sirvam sem me subsumir à qualidade de agente poluidor não é nada entusiasmante.
Fazer compras? Um quadrito barato que se encontre na rua nunca é mal pensado, mas francamente não sou do estilo de ir ao estrangeiro comprar o que posso comprar em qualquer sítio do mundo.
Portanto, mochila às costas, máquina fotográfica e um livrito ou dois. Uma bebedeira com cerveja de leste que também faz bem. E duas ou três estupidezes que é como quem diz sentir o cheiro às coisas.

2 comentários:

Quizilol Prepeles disse...

Mon ami Miterrand, ainda que concorde com a essência do texto, não posso senão discordar do pressuposto que lhe deu origem. Creio que a expressão “vida de Rei” foi ganhando com o tempo aquilo que o tempo normalmente empresta às coisas - a relatividade. É verdade que a vida de Rei é, por norma, associada à ideia de poder, riqueza e ostentação, mas até este pressuposto pode nem sempre gozar da maior correcção (eg. http://www.reidosfrangos.pt). Ainda assim, mergulho no que interessa e o que interessa é que a “vida de Rei” poderá também não ser mais do que a expressão para definirmos aquilo que de melhor gostaríamos que a dado momento nos acontecesse – e como é natural, óbvio e bem cheiroso, cada um de nós concebe de forma individual, e não necessariamente dependente do sentido em que a manada se move, a sua concepção monárquica da coisa. Mas admito que o desejo de uma “vida de rei” esteja intimamente associado ao conceito de vitória, porque no fundo, para o povo é uma vitória a conquista das vidas que os seus horizontes lhe permitam a cada momento sonhar. Disse uma vez alguém que “vencer é proporcionalmente interessante à medida da causa. Se a causa é raquítica, vencer, por mais que nos dê ânimo, não passa da derrota de uma vida vivida sem sentido” – e eu concordo. Concordaria também se disséssemos que a vida se faz tanto de pequenas coisas como de objectivos maiores.
E porque a utilização do plural nas “vidas que os seus horizontes lhe permitam a cada momento sonhar”? Porque me apeteceu. Mas também porque efectivamente os sonhos se mudam, se moldam e se toldam. Acima de tudo porque o mon ami Tim disse um dia que “o que foi não volta a ser” – e porque haveria de duvidar da sua palavra…?
Tocam os sinos na torre da igreja e há rosmaninho e alecrim pelo chão. Bebedeiras com cerveja fria sim! Fornicar putas de leste, não!
Concordamos no essencial.

Peter-Plane-Pane disse...

Então no que é que discordamos? Tens medo do cancro da pele? ;)

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