2009-06-03
Fazia vento naquele dia em que ele entrou em casa já de madrugada. Ao chegar, todas as janelas estavam escancaradas e batiam com força nas ombreiras, como que anunciando uma qualquer tenebrosa e escura tragédia. O aparelho de televisão estava ligado e, equanto limpava o suor da testa, precipitado pelos 35 graus que se faziam sentir, espreitou no canto do ecrã uma imagem suspeita. Às escuras, foi andando lenta e compenetradamente rumo ao aparelho, como se um sentimento de transe o induzisse a esse caminhar. Ao chegar bem perto da televisão, engolui-a prontamente, fazendo a digestão da imagem que, antes, o atordoara. E pensou para si: é difícil digerir uma televisão de madrugada...
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2 comentários:
Eu cá gosto delas com batatas de Marte
Pensava que gostavas delas coxas... Estou confuso... ;)
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