2009-08-21

"(...) o princípio hedonístico, ou lei do menor esforço, insere-se frequentemente nos quadros económicos. Mas a sua raíz é psicológica, traduzindo a tendência do homem para obter a maior soma de satisfações com o menor sacrifício possível. As próprias leis da concorrência e da oferta e da procura, situadas no centro das teorias económicas, constituem ainda reflexos da tendência psicológica hedonística. Os vendedores procuram vender aos mais altos preços. Os compradores querem comprar aos mais baixos preços. Em regime de liberdade dos mercados, uns e outros vão moderando as suas ambições, por forma a encontrarem um ponto de encontro que torne possíveis as suas compras e vendas. (...)" in Economia Política - Soares Martinez, Almedina 1996, págs. 35 e 36.
"A susceptibilidade dos bens económicos satisfazerem necessidades designa-se por utilidade." in op. cit. pág. 105.
Analisando o conceito de acto de produção, temos que: "(...) constituirá acto de produção aquele que trone um objecto útil, ou aumente a sua utilidade. É um acto de produção, do ponto de vista económico, o acto criador de bens desejados, o acto criador de riqueza." in op. cit. págs. 400 e 401.
Nesse sentido, a meritocracia está para os produtores de utilidades económicas na razão inversa em que a falta de produtividade está para os defensores de sitemas autoritários (vulgo socialistas) baseados na nacionalização do capital...
Quanto ao conceito de meritocracia, apenas acrescentar que a bibliografia do "pastor" é medíocre e errónea, embora neste momento não consiga encontrar os meus volumes de ciência política do Sr. Jean Touchard, de forma a lhe poder dar um bom safanão nas orelhas... Que é como quem diz, vai às cabras pá e não chateies! :)

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