Explicando de forma pormenorizada o que pretendi dizer e até porque agora nos tratamos na terceira pessoa o que, inequivocamente demonstra alguma da minha irascibilidade benfiquista, passarei a alongar-me na questão da falta de produtividade associada aos regimes de nacionalização do capital.
Repare no seguinte exemplo:
O trabalhador A demora 2 horas a produzir uma utilidade económica, enquanto que o trabalhador B demora 4. Numa situação destas, aplicando o princípio socializante, digamos assim, que perfilha que cada qual trabalhe consoante as suas capacidades e a cada qual seja atribuído o que lhe impõem as suas necessidades, teremos que:
1- Ambos os trabalhadores trabalharão incessantemente.
2- Mesmo que ao trabalhador A lhe sobre tempo por já ter saciado as suas necessidades terá que continuar a trabalhar para perfazer as dos restantes (os menos produtivos).
3- Mesmo que o trabalhador B não produza o suficiente para fazer face às suas necessidade, as mesmas seriam sempre preenchidas pelo trabalho alheio.
Digamos que, numa sociedade em que o capital seja nacionalizado e em que, digamos, a lei do menor esforço esteja vedada por imperativos sociais, a meritocracia estaria sempre arredada. A não ser que aos mais produtivos se atribuísse uma qualquer condecoração meramente simbólica, obrigando-os ainda assim a dispor do super-avit laboral de que dispõem para satisfazer as necessidades alheias.
De qualquer modo, repare, as definições que aponta de meritocracia, são apenas explanações psicológicas do conceito que, de modo algum, traduzem o seu cerne político, já que é de um regime social que tratamos.
Posto isto, veja mas é se acaba com as suas silvas em 3 ou 4 dias, que eu, por mim, acabaria com elas numa tarde! :)
Grande abraço! :)
2009-08-22
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