Das muitas coisas que aprecio no Benfiquismo, a sua forma contagiosa de irascibilidade (por ventura maior que a da própria gripá) com que presenteia quem dele padece, é seguramente aquela que mais me diverte.
Dito isto, e abandonando os temas papoilo-saltitantes, gostaria de dizer-lhe o seguinte:
Tenho dúvidas que seja uma verdade incontestável que “em regime de liberdade dos mercados, uns e outros vão moderando as suas ambições, por forma a encontrarem um ponto de encontro que torne possíveis as suas compras e vendas”. Precisamente porque se mantém subjacente à sociedade e, quanto a mim, virtualmente indissociável da sociedade, a lei do menor esforço, porventura ligeiramente distinta do princípio hedonista que ao prazer contrapõe o sofrimento e não o trabalho. Ainda assim, na substância estamos de acordo.
E estamos de acordo precisamente porque a lei supracitada, a tal que considero subjacente e eventualmente indissociável da sociedade, está também subjacente a ambos os significados que atribuí ao conceito de meritocracia.
Se quiser, por outras palavras, os significados de meritocracia expostos traduzem por um lado, [1] a vontade da aplicação da meritocracia face à impossibilidade da (desejada) aplicação da lei do menor esforço e, pelo outro, [2] a inconsequente defesa da meritocracia como meio de alinhamento social uma vez que a lei do menor esforço é aplicada mas não pode ser assumida.
Dispenso-me a comentar a sua razão inversa que, confesso, não consigo descodificar.
Quanto à questão bibliográfica, gostaria apenas acrescentar anchovas.
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