2009-02-27

Janela opaca que me vês ao longe
com grito que chama por ti

Reflexo que não sinto
que não tem cor

Prisma que foras na leveza
do ondulante eco
esvoaçante no murmúrio do horizonte

Incolores são as formas fuscas
da interrompida reciprocidade

Lá longe há um mar que cintila
que reflecte cores invisíveis
no daltonismo da alma errante
na mordaça da mágoa distante

Lá longe ninguém
nada
prece profanada
afogam-se cores num vintém

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